Laboratório de Pesquisa e Diagnóstico
A área de pesquisa laboratorial do Fundecitrus foi estabelecida para atender às demandas do setor citrícola em pesquisa com citros e seus patógenos, assim como os serviços de diagnóstico de greening (HLB) e CVC.
O Laboratório de Pesquisa e Diagnóstico foi fundado em 1999 e tem em sua atuação duas linhas principais: serviços e pesquisas. Na área de pesquisa funciona como um laboratório multiusuário, aberto a todos os pesquisadores do Fundecitrus, atendendo a dezenas projetos desenvolvidos por pesquisadores do Fundecitrus ou em parceria com outras instituições. Conta com uma equipe de técnicos, auxiliares e assistentes.
Equipado para atuar em microbiologia, biologia molecular e bioquímica, o Laboratório de Pesquisa e Diagnóstico hoje é capaz de responder que organismos causam as doenças, como são, como e quando agem, além de conseguir mostrar suas diferenças. A maior parte das pesquisas é voltada ao estudo do greening (HLB), Morte Súbita dos Citros (MSC) e Clorose Variegada dos Citros (CVC).
Na área de serviços, o laboratório trabalha no apoio ao produtor, realizando testes diagnóstico de greening e CVC. Analisa, em média, 1,2 mil amostras de plantas por mês para os citricultores. Em épocas de grande demanda (geralmente, nos períodos que os sintomas das doenças são mais expressivos nas plantas) tem capacidade para analisar até 600 amostras por semana com prazo máximo de 14 dias para a entrega do resultado.
O laboratório busca sempre fornecer resultados cada vez mais rápidos, com uso menor de reagentes e menos produção de resíduos, seguindo a tendência em diagnósticos voltados para a sustentabilidade.
Envio de Amostras
O citricultor pode enviar amostras (folhas) para análise no Laboratório de Diagnósticos pelos Correios ou entrega-las na sede do Fundecitrus.
Depois de colhida na planta, a amostra deve ser conservada na geladeira e entregue para análise em uma semana, no máximo, sem ser submetida a novo contato com calor. Se ficar fora da geladeira, a amostra deve ser entregue em até três dias.
As amostras devem ser entregues em saco plástico com as seguintes informações:
- nome do proprietário do pomar;
- nome da propriedade;
- município;
- talhão;
- variedade;
- data de coleta;
- responsável pelo envio;
- telefone de contato;
- e-mail.
Etapas da Análisee
1º Passo - Preparo
Assim que chegam ao laboratório do Fundecitrus, as folhas são encaminhadas para a sala Preparo de Amostra, onde funcionários fazem a identificação e preparação para análise. A amostra recebe um cadastro com o número de identificação que será usado para rastreá-la em todos os procedimentos.
As folhas são separadas por sintomas, lavadas, secas e fotografadas. Concluído o registro, os funcionários iniciam a preparação da amostra que seguirá para a análise. É retirada a nervura principal das folhas, picotada e acondicionada em saco plástico com número de identificação.
2º Passo - Extração de DNA
Cadastrada e identificada, a amostra segue para a Sala de Extração, onde cumpre protocolo desenvolvido pelos pesquisadores do Fundecitrus para a extração de DNA. A amostra é triturada para retirada da seiva, onde ficam as bactérias. O processo para extração do DNA é realizado por lotes de amostras e geralmente leva de três a quatro horas para ser concluído.
3º Passo - Preparo de PCR
Nessa etapa, a amostra é submetida a um teste para detecção da bactéria causadora de uma doença específica. Trata-se de um teste sensível, específico e por isso realizado em área restrita, considerada a mais limpa do laboratório em relação a DNA. O teste de detecção é denominado reação em cadeia da polimerase (PCR) e é a maneira mais segura e sensível em dizer se uma planta está contaminada por greening ou não.
4º Passo - Termocicladores
Em seguida, o lote de amostras é submetido a PCR em tempo real, uma das ferramentas mais precisas para detecção de bactérias. O equipamento usado pelo Fundecitrus, além de identificar, é capaz também de quantificar as bactérias existentes em uma amostra.