Leprose
A incidência média de plantas com sintomas de Leprose em frutos, ramos e folhas, é entre 9% e 14% e pode ser considerada intermediária, mostrando que a doença tem sido bem manejada com o uso de acaricidas específicos para o controle do ácaro vetor.
Quando considerados os sintomas de Leprose acumulados, tanto no ano levantado como em anos anteriores, a incidência média varia entre 23 a 30%.
À medida que as plantas ficam mais velhas, a incidência aumenta (de 0 a 2 anos = 0%; 3 a 5 anos = 6,7%; 6 a 10 = 20,4%; > 10 anos = 36,4%), o que indica que a doença tem um caráter acumulativo nas plantas e que a presença de sintomas, principalmente em ramos mais velhos que acabam secando, tem sido responsável pela redução da produção e longevidade dessas plantas.
Variações na incidência da doença são atribuídas às mudanças climáticas associadas ao estresse hídrico das plantas, que favorecem a multiplicação do ácaro e a consequente disseminação do vírus.
Nos anos em que houve períodos menores de seca, como 2010, foram registradas incidências mais baixas da doença, principalmente nas regiões quentes e com maiores déficits hídricos, como a Noroeste, Norte, Centro e Leste, onde ela tem ocorrido em maiores incidências (entre 7 e 12%, em 2010, e entre 7 e 24%, em 2009, 2011 e 2012). Nas regiões com temperaturas mais amenas e menores períodos de déficit hídrico, Sul e Oeste, a incidência de plantas com sintomas de Leprose ficou abaixo de 6%.
Quantidade (%) de talhões contaminados
Centro | Norte | Noroeste | Oeste | Leste | Sul | |
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2009 | 19.6 | 15.85 | 17.65 | 2.54 | 7.46 | 4.14 |
2010 | 9.17 | 7.52 | 8.57 | 5.16 | 12.67 | 5.99 |
2011 | 14.62 | 9.63 | 19.08 | 2.68 | 16.37 | 1.46 |
2012 | 11.42 | 13.4 | 23.61 | 2.15 | 10.12 | 2.38 |