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Vereadores rejeitam proposta de proibir a pulverização aérea em Araraquara

O projeto de lei nº 218/2017, do vereador Edio Lopes (PT), de Araraquara (SP), que tinha como proposta a proibição da pulverização aérea agrícola no município, foi rejeitado por 10 votos a 6, em sessão na Câmara Municipal, realizada na noite da última terça-feira (12).

Representantes do Fundecitrus participaram da sessão junto com outras entidades contrárias à proibição, entre elas o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara (Canasol), o Sindicato Rural de Araraquara, a Federação da Agricultura de São Paulo (Faesp), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SP) e a Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores do Estado de São Paulo (Faamesp).

Segundo o gerente-geral do Fundecitrus o projeto de lei trazia preocupação para os setores da laranja e da cana-de-açúcar devido à necessidade de uso dessa ferramenta para o controle de pragas e doenças que afetam as plantações das duas culturas, na área rural do município de Araraquara. "Todos os setores estavam angustiados e o bom senso prevaleceu. É uma ferramenta que a agricultura não consegue viver sem. É impensável. Ficamos muito felizes que se teve a melhor atitude e é possível perfeitamente compatibilizar a agricultura convencional - com o uso de pesticida e a orgânica", afirmou.  

O gerente-geral do Fundecitrus também participou da sessão com palavra na tribuna pública, junto com a assessora jurídica e de sustentabilidade da Unica, Renata Camargo, e a vice-presidente da Canasol, Tatiana Teixeira. O discurso dos três defenderam a necessidade das pulverizações aéreas para que as culturas da laranja e da cana consigam manter a produtividade e, consequentemente, os empregos gerados na região. Eles também destacaram que os dois setores estão abertos ao diálogo e que é possível que a agricultura com uso de defensivos químicos e a orgânica caminhem juntas.

O projeto de lei do vereador Edio Lopes foi aberto em agosto de 2017 e teve como base relatos de produtores rurais que disseram ser prejudicados pela aplicação aérea de pesticidas. Desde então, diversas reuniões foram realizadas tanto na Câmara Municipal quanto visitas dos vereados e demais autoridades nas sedes das usinas e do próprio Fundecitrus com o intuito de mostrar que a pulverização aérea é uma atividade regulamentada e que segue todas as normas para ser desenvolvida com eficiência, segurança e preservando o meio ambiente. Segundo o pesquisador do Fundecitrus Marcelo Scapin, que acompanhou todo o andamento das discussões, o resultado contra a proibição é uma vitória para o setor. “É uma ferramenta essencial para agricultura, que além de eficiente, traz consigo um pacote tecnológico que garante uma pulverização precisa e segura. A proibição da pulverização aérea seria prejudicial para o manejo de pragas e doenças em inúmeras culturas que dependem quase integralmente desta técnica”.