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Comunicação

Uniara e Fundecitrus firmam convênio para estudar o greening

Ação busca estudar período de infecção e sintomatologia da pior doença de citros no mundo

O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e o Centro Universitário de Araraquara (Uniara) firmaram um convênio com o objetivo de estudar as épocas favoráveis para a infecção natural das laranjeiras pela bactéria associada ao greening em condições de campo e do período para a expressão dos sintomas da doença em função da época de infecção.

Para isso, o Fundecitrus era construir uma estufa de 1.016 m², no valor estimado de R$ 65 mil. A área foi disponibilizada pela Uniara e fica no Instituto de Biotecnologia (Ibiotec), onde funcionará o curso de Engenharia Agronômica da instituição. A entrega está prevista para agosto deste ano.


A coordenação administrativa será dos doutores Antonio Juliano Ayres (Fundecitrus) e João Antonio Galbiatti (Uniara). A coordenação técnica será dos doutores Renato Beozzo Bassanezi (Fundecitrus) e Célia Correia Malvas (Uniara). 

De acordo com Galbiatti, que também é coordenador do Ibiotec da Uniara, o convênio dará suporte para o curso de Engenharia Agronômica e melhor qualificação profissional aos futuros alunos. Além disso, o desenvolvimento tecnológico da região, principalmente na citricultura, será evidenciado com a parceria do Fundecitrus, que é uma instituição reconhecida mundialmente e tem contribuído bastante com os produtores de laranja, levando conhecimento e novos métodos de controle de pragas e doenças.

Para Bassanezi, é sempre positivo ter convênio com universidades. “Já temos estagiários do curso de Biologia da Uniara aqui no Fundecitrus. Com o curso de Engenharia Agronômica e o Ibiotec, teremos a chance de estreitar essa relação e aumentar a interação. Essa pesquisa, por exemplo, é muito importante para a citricultura”, diz. 


Ibiotec
As obras do Ibiotec se encontram em fase avançada. A Unidade Didática Produtora de Biodiesel, construída em parceria entre a Uniara e a Bioexx e que dará suporte aos cursos de Engenharia Agronômica e Bioenergética, está na fase final. O prédio de salas didáticas e administrativas, com quase mil metros quadrados, já começou a ser construído.

O Fundecitrus
Em 33 anos de existência, o Fundecitrus é mundialmente reconhecido como exemplo de competência em suas ações para a sanidade dos pomares, combate às doenças cítricas e pesquisas. A atuação do Fundecitrus permitiu que 99% dos pomares não apresentassem sintomas de cancro cítrico durante os últimos dez anos. Estima-se que a política de combate à doença evitou  gastos equivalentes a R$ 2 bilhões. 

O Fundecitrus também teve papel fundamental para que duas doenças até então desconhecidas que poderiam inviabilizar a citricultura brasileira – CVC (Clorose Variegada dos Citros) e MSC (Morte Súbita dos Citros) – pudessem ser controladas. Por meio de monitoramento rigoroso e trabalhos de pesquisas feitos em seus laboratórios ou por parceiros, com financiamento da instituição, é que se conseguiu não só controlar as doenças, como também tornar a citricultura competitiva.

Este ano, o Fundecitrus mudou sua estratégia de atuação no estado de São Paulo. As mudanças adotadas buscam maior enfoque na conscientização e educação fitossanitária, prestação de serviços e capacitação de produtores. Na área de pesquisa, o Fundecitrus ampliará o conhecimento, a difusão e a incorporação de tecnologias. Na área técnica, as visitas de agrônomos às propriedades, palestras, cursos e treinamentos serão intensificados.
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