Uma nova proposta para o cancro cítrico
O Fundecitrus levou até a secretária da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Monika Bergamaschi, propostas para dar à citricultura condições de manter o cancro cítrico sob controle dentro da nova realidade dos produtores.
Em audiência realizada na última quarta-feira (1), o presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco, o gerente geral Antonio Juliano Ayres e os citricultores conselheiros Roberto Hugo Jank Junior e José Gibran Junior apresentaram propostas de substituir as punições das propriedades com cancro, como a sua interdição, por um instrumento de compromisso formal de adotar as técnicas reconhecidas como eficazes no controle do cancro cítrico. Bem como manter a supressão em áreas onde isso é possível como recomendada no estudo em fase final no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), respeitando a legislação que considera e mantém o cancro cítrico como doença quarentenária. Também é necessário intensificar os treinamentos e ações de comunicação a respeito da nova situação do cancro cítrico que vem se disseminando pelo estado.
Considerando a heterogeneidade da ocorrência da doença em São Paulo com predominância de pomares livres (95% dos talhões), mas, ao mesmo tempo, entendendo que em algumas propriedades a incidência atingiu níveis elevados e impossíveis de serem suprimidos propôs-se o controle diferenciado da doença em cada propriedade de acordo com a intensidade de sua ocorrência: livre da doença, baixa incidência e alta incidência).
Neste controle estão previstos níveis diferentes de inspeção, medidas de prevenção, controle químico e erradicação de plantas.
"Precisamos contornar as dificuldades que a citricultura vem enfrentando devido à pressão de doenças, ao aumento de custos e às mudanças no mercado. O conjunto dessas dificuldades tem resultado na saída de muitos produtores da cultura, particularmente agricultores tradicionais, cujas famílias sempre trabalharam e viveram da citricultura. Nossa missão é construir com todos os agentes de fitossanidade, maneiras de auxiliar o citricultor na sustentação de seu negócio", afirma Monaco.
Durante décadas, a parceria entre Fundecitrus e Secretaria da Agricultura foi muito produtiva e bem sucedida. A atuação compartilhada entre a iniciativa privada e o Estado, com o Fundecitrus em intensa atividade para garantir a política de supressão de cancro cítrico estabelecida pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, manteve na vanguarda com uma citricultura mais sadia e produtiva foi fundamental para o desenvolvimento do parque citrícola e do incremento de muitos municípios.