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Sete erros no controle da pinta preta

A pinta preta, quando bem controlada, tem seus danos reduzidos em até 95%. No entanto, alguns erros no manejo da doença podem ocasionar queda prematura de até 80% dos frutos. Confira a seguir as principais estratégias para evita-los e corrigi-los:

Erro 1: Longos intervalos entre as aplicações de cobre e estrobilurina

Recomendação: Em áreas com pinta preta e cancro cítrico, os intervalos entre aplicações de cobre devem ser de 14 dias (para áreas com alta incidência) a 21 dias (para áreas com menor incidência). Já a estrobilurina, para o controle da pinta preta, deve ser utilizada, no máximo, a cada 42 dias.

Erro 2: Pulverização de cobre em período de chuvas intensas

Recomendação: A partir de meados de novembro, a calda de fungicida deve ser feita com estrobilurina, que apresenta até 95% de controle da pinta preta. Para evitar a resistência dos fungos, utilizar a estrobilurina em até três aplicações por safra.

Erro 3: Curto período de controle

Recomendação: Intervalos mais curtos entre as aplicações exigem aumento do número de pulverizações para que o programa de controle seja realizado da queda de pétalas até o fim das chuvas, que em São Paulo vão até março/abril. Se as chuvas se estenderem para os meses se­guintes, pulverizações podem ser necessárias em pomares mais velhos de variedades de maturação tardia e nos que produzem frutos para consumo in natura.

Erro 4: Excesso de volume de calda e alta velocidade de aplicação

Recomendação: É possível controlar a pinta preta com 75 mL de calda/m3 de copa desde que a cobertura interior seja superior a 30%, o que pode ser avaliado com papéis hidrossensíveis – pomares com copa menos densa podem utilizar volumes menores. Já a velocidade de aplicação deve ser inferior a 4,5 km/h – em pomares com produ­ção de frutos para consumo in natura, a velocidade deve variar de 2,5 a 4 km/h.

Erro 5: Redução da dose da estrobilurina pela metade ao diminuir intervalo de aplicações

Recomendação: A dose dos fungicidas não deve ser reduzida sem critérios. A dose recomendada pelo Fundecitrus, por volume de planta, é de 30 a 40 mg de cobre metálico/m3 de copa e 2,8 mg de estrobilurina/m3 de copa. O óleo na concentração de 0,25% é muito importante em pomares mais velhos de variedades de maturação mais tardia – ele deve ser reduzido apenas em pomares mais novos e de variedades de maturação mais precoce. O aplicativo SPIF – Sistema de Pulverização Integrado, do Fundecitrus, pode ajudar no cálculo da dose correta dos produtos.

Erro 6: Pulverizadores com regulagem e calibragem incorretas

Recomendação: As pontas de pulverização devem ser dimensionadas para produzir gotas em torno de 150 micra, com pressão de trabalho de 100 a 200 psi. O SPIF também ajuda na regulagem do pulverizador.

Erro 7: Equipamentos inadequados para o pomar

Recomendação: Pulverizadores pequenos não devem ser usados para plantas altas, o que provoca falha na cobertura do terço superior da copa. As plantas devem ser devidamente podadas para que o espaço nas entrelinhas para passagem do pulverizador seja adequado, permitindo aplicações uniformes e eficientes.