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Profissionais do Fundecitrus participam de Congresso na Argentina

Uma equipe de especialistas do Fundecitrus participou recentemente do X Congresso Argentino de Citricultura em Concordia, na Argentina. Mais de 400 profissionais participaram do evento, como produtores, pesquisadores, estudantes e referências nacionais e internacionais da citricultura e da indústria, que teve como tema principal as inovações científicas e tecnológicas para o desenvolvimento sustentável da citricultura.

O pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi proferiu a palestra de abertura intitulada ‘Epidemiologia e manejo do greening no Brasil’, e participou ainda de uma mesa redonda sobre a situação atual dos avanços em pesquisas e doenças de citros reguladas para exportação de frutas frescas, atualizando a situação da pinta preta, do cancro cítrico e do greening no Brasil, que também causam restrições para a exportação de frutas frescas da Argentina e do Uruguai para países livres dessas doenças.

De acordo com o pesquisador, o aumento do greening tem preocupado os citricultores argentinos. O greening foi detectado na região leste da Argentina em 2012 e, atualmente, está presente nas províncias de Misiones, Formosa, Chaco, Santiago del Estero, Corrientes e Entre Ríos. “Recebemos o convite do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (INTA) para participar do Congresso, e foi essencial para fortalecermos os trabalhos na citricultura. Durante a minha palestra, expliquei sobre a complexidade e dificuldade do controle da doença em ações que não sejam de forma conjunta, coordenada e regional de eliminação de plantas doentes e de controle do psilídeo, dentro e fora dos pomares comerciais. Os produtores precisam intensificar o manejo conjunto para evitar a disseminação nos pomares e os severos danos causados pela doença”, explica Bassanezi.

Já o pesquisador do Fundecitrus Silvio Lopes ministrou palestra sobre ‘Etiologia das doenças bacterianas sistêmicas dos citros: evolução e situação atual da clorose variegada dos citros (CVC) e do greening no Brasil’. “Participar do congresso foi importante para troca de experiência e conhecimento com especialistas, principalmente representantes da Argentina. Abordamos diferentes temas, como dificuldades sanitárias, fitotécnicas e comerciais do cultivo de limões no noroeste do país e de tangerinas, na região de Concordia. Também foi discutido o impacto do clima na expressão de sintomas de greening em plantas de laranja, pomelo e na população de psílídeo naquela região do país vizinho e norte do Uruguai”, destacou Lopes.

Os pesquisadores fizeram visitas técnicas a pomares e a um packing house na região de Entre Ríos, na Argentina e ao Instituto Nacional de Investigação Agropecuária (INIA) em Salto, no Uruguai. Nesse país, o greening foi detectado recentemente no extremo norte, na divisa com o estado do Rio Grande do Sul. Foram discutidas formas para evitar a expansão da doença para outras regiões comerciais de ambos os países, além de colaboração entre pesquisadores do INIA (Uruguai), INTA (Argentina) e do Fundecitrus (Brasil).

Além das palestras ministradas pelos pesquisadores, foram apresentados 120 trabalhos em formato de posters com diferentes temáticas da cadeia citrícola. Dentre eles, o trabalho da engenheira-agrônoma do Fundecitrus e especialista em fitossanidade dos citros Talita Alves dos Santos, que apresentou estudo sobre ‘Potencial do uso de produtos biológicos para o controle de cancro cítrico’. “O Congresso deverá agregar conhecimento para a citricultura local com a apresentação dos nossos trabalhos. Também trouxemos novidades para a citricultura brasileira geradas por meio dos diversos estudos realizados por nossos parceiros argentinos. Dessa forma, todas as apresentações contribuíram para aumentar o nosso conhecimento”, destaca.

E também da bióloga do Fundecitrus Rosana Gonçalves Pereira que falou sobre o tema ‘Suscetibilidade de frutos de laranjas com diferentes níveis de terpenos ao cancro cítrico e à pinta preta’. “O congresso foi de extrema importância, pois possibilitou a troca de ideias e informações sobre a citricultura e também nos deu a oportunidade de levar pesquisas realizadas no Fundecitrus. As visitas técnicas aos pomares da região de Concordia e cooperativas foram fundamentais para a transferência de conhecimento”, afirma.

Participaram do Congresso pesquisadores da Argentina, Brasil, Costa Rica, Colômbia, Cuba, Espanha e Uruguai.