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Pesquisadores falam sobre o cancro cítrico no último episódio do Fundecitrus Podcast

No 31º episódio do Fundecitrus Podcast, o jornalista Rodrigo Brandão recebeu Franklin Behlau e Ivaldo Sala, pesquisador e engenheiro-agrônomo e coordenador do departamento de Transferência de Tecnologia do Fundecitrus, respectivamente. Durante a conversa, os entrevistados falaram sobre um manejo adequado do cancro cítrico, que causa desfolha das plantas e, acima de tudo, prejuízos à produtividade do pomar.

Franklin Behlau explicou que a doença chegou no Brasil há mais de sessenta anos. “O Fundecitrus teve início por causa do cancro cítrico, e eu comecei minha carreira aqui por causa da doença. É uma doença que chegou em 1957 no Brasil, e por 60 anos a principal forma de enfrentamento da doença, estabelecida em legislação federal, foi a erradicação e exclusão, ou seja, as plantas doentes precisavam ser eliminadas, assim como as que estavam nas suas proximidades, com o objetivo de evitar a sua propagação”, comentou o pesquisador durante o podcast.

A maneira de se controlar a doença mudou ao longo dos anos. Franklin explicou que, agora, cada estado tem liberdade na maneira de agir com a doença. “Em 2017 houve uma revisão da legislação federal, de forma que cada estado pudesse estabelecer um programa de controle diferente. Pela primeira vez em sessenta anos, os produtores de alguns estados, incluindo os de São Paulo, puderam deixar as plantas com sintomas de cancro cítrico nos pomares”, contou.

Ivaldo Sala afirma que os cuidados com a doença começam desde a escolha das mudas. “É extremamente importante que o produtor plante mudas sadias em seu pomar. Quando o produtor sabe que não tem a doença em sua propriedade, ele também pode adotar outras medidas de prevenção, como a desinfestação de materiais de colheita, veículos e máquinas antes deles adentrarem à propriedade, além de adotar a inspeção de cancro cítrico para que, se a doença aparecer, ela possa ser detectada precocemente, facilitando a erradicação por parte do produtor”, afirmou.

Durante a entrevista, Rodrigo Brandão perguntou sobre como é feito o manejo da doença, e Ivaldo explicou: “A erradicação hoje é pouco utilizada no cinturão citrícola em função da disseminação da doença pela maioria das propriedades. Ela pode ser usada em situações circunstanciais, como no caso de baixa incidência da doença. O mais comum é se utilizar do manejo da doença, que visa mantê-la sobre controle e também a qualidade dos frutos e evitando a perda deles. Hoje a medida mais utilizada é o uso do cobre, que cria uma forma de película na planta, impedindo que a bactéria entre nela”.

A conversa completa você encontra no Fundecitrus Podcast, disponível no nosso canal do YouTube e nas principais plataformas de áudio.

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