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Período de colheita exige cuidados especiais com o cancro cítrico

A movimentação no pomar cria o ambiente ideal para a disseminação da bactéria causadora da doença

Com o início da colheita, agora em maio, os citricultores precisam estar atentos e intensificar a vigilância com o cancro cítrico, pois a movimentação dentro do pomar facilita a disseminação da bactéria Xanthomonas citri subsp. citri, causadora da doença.

Se a bactéria estiver presente no pomar, ela pode se espalhar facilmente por meio do material de colheita, do trânsito de veículos e máquinas agrícolas e também pelo próprio colhedor. “O recomendado é redobrar os cuidados e fazer inspeções constantes”, afirma o gerente do Departamento Técnico, Cícero Augusto Massari. 

Medidas como a desinfestação do material de colheita, a pulverização de caminhões e veículos antes de entrar na propriedade e a queima de restos de colheitas, como folhas, galhos e frutos, são fundamentais para manter a propriedade livre da infestação do cancro cítrico. 

A utilização de bins nos limites da propriedade, evita a entrada  de caminhões no pomar para o carregamento, medida também importante para evitar a proliferação da bactéria. 

“É preciso lembrar que as chuvas, que foram intensas no verão, influenciam no crescimento da doença, mesmo depois de decorridos meses de sua incidência, cita Massari”.

O citricultor que encontrar plantas doentes deve interromper a colheita, entrar em contato com a Secretaria da Agricultura e eliminar o foco, conforme determina a legislação. As plantas doentes e as presentes em um raio de 30 metros devem ser erradicadas. 

Os interessados em receber orientações sobre medidas de controle do cancro cítrico podem solicitar a visita de um engenheiro agrônomo do Fundecitrus pelo telefone 0800 11 21 55.


Atenção aos sintomas

Durante as inspeções, os produtores devem procurar os sintomas do cancro cítrico, que podem aparecer em ramos, folhas e frutos. 

Nas folhas, o primeiro sinal é o aparecimento de pequenas manchas amarelas circulares. Com a evolução da doença, as manchas se tornam marrons, circulares, podendo atingir alguns centímetros de diâmetro. Geralmente, o cancro cítrico induz lesões salientes nos dois lados da folhas, o que facilita sua diferenciação das demais doenças. Outro sintoma muito comum é o aparecimento de um anel amarelo ao redor das lesões da cor marrom. 

Nos frutos, a doença se manifesta pelo aparecimento de pequenas manchas amarelas e circulares, que, aos poucos, crescem e se tornam marrons. As manchas são salientes e semelhantes a verrugas. 

Já nos ramos, é possível identificar lesões pardas em forma de crostas.

 

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