Parceria entre Fundecitrus, citricultores e prefeitura promove ações externas contra o greening em Arandu

Município faz parte da região de Avaré, que registrou aumento significativo da doença esse ano

Na próxima segunda-feira (11), a cidade de Arandu, na região de Avaré (SP), vai iniciar a substituição de mais de 300 plantas de citros e murtas presentes em sua área urbana por outras frutíferas e ornamentais não hospedeiras do psilídeo, inseto vetor do greening, a partir de uma parceria entre o Fundecitrus, citricultores locais e a Prefeitura Municipal de Arandu, por meio da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente.

A ação é parte da campanha #unidoscontraogreening e já foi realizada em diversos municípios do cinturão citrícola, com o apoio da sociedade. A troca é voluntária, mas a população compreende a importância do gesto para a sanidade dos pomares comerciais e aceita a substituição das plantas em 93% dos casos.

Chamada de ação de manejo externo do greening, a substituição de citros sem manejo e murtas nas proximidades das fazendas é fundamental para manter a doença sob controle, uma vez que o inseto pode se reproduzir nessas plantas e migrar para as propriedades, dificultando bastante o controle realizado internamente. Segundo estudo do Fundecitrus, as ações externas têm potencial para reduzir de 2 a 3 pontos percentuais a incidência de greening em uma região.

Greening cresce em Avaré

O levantamento anual da incidência de greening divulgado pelo Fundecitrus em setembro mostrou que a doença teve um grande aumento na região de Avaré: enquanto afetava 16,77% das laranjeiras em 2020, agora atinge 29,41% – o índice é superior à média do cinturão (22,37%).

“A região de Avaré é uma das mais importantes regiões citrícolas do estado e onde a citricultura tem crescido nos últimos anos, gerando emprego e renda. Por isso, é importante que os produtores adotem todas as medidas recomendadas para que seja possível reduzir a incidência e os prejuízos causados pelo greening”, comenta o engenheiro agrônomo do Fundecitrus Guilherme Rodriguez, responsável pela região de Avaré. “Nesse cenário, o manejo externo tem um papel muito importante, por isso contamos com a colaboração e adesão da população”, diz.

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