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Moscas-das-frutas foi tema do Fundecitrus Podcast

Embora as moscas possam atacar em qualquer momento do ano, a ocorrência é mais comum entre os meses de março e agosto

 

A 37ª edição do Fundecitrus Podcast falou sobre o manejo, sintomas, e incidência das moscas-das-frutas nos pomares e a necessidade do monitoramento dessa praga. Para falar sobre o assunto, o jornalista Rodrigo Brandão recebeu o pesquisador do Fundecitrus Haroldo Volpe e o pesquisador e consultor Adalton Raga, que teve toda a sua trajetória profissional como entomologista no Instituto Biológico (IB) do Estado de São Paulo.

Duas espécies dessas moscas atacam os citros, causando prejuízos dentro e fora da porteira porque são pragas quarentenárias para países importadores de vários continentes, o que pode gerar restrição no comércio internacional de frutas frescas. “As moscas-das-frutas atacam o ano todo. Se houver frutas disponíveis, você tem ataques. A época com uma incidência maior seria entre março e agosto, pois temos picos populacionais”, afirma o pesquisador Adalton Raga.

Além de explicar em quais épocas do ano existe uma maior intensidade de ataques, Raga também falou sobre os tipos de citros em que as moscas aparecem. “Todas as espécies de citros podem ser atacadas. A exceção que nós temos é a lima-ácida Tahiti, em que não houve ainda registro de ataque no Brasil, inclusive alguns países exportam essa variedade na categoria de não hospedeiro, que é um status fitossanitário”, complementa o pesquisador.

Haroldo Volpe trouxe um dado alarmante durante a entrevista: o prejuízo gerado pelas frutas derrubadas por moscas pode chegar a 700 milhões de reais. O pesquisador ainda explica que, embora o greening deva exigir maior atenção por parte do citricultor, já que é a principal doença dos citros na atualidade, não se pode baixar a guarda para as moscas-das-frutas. “O que vem acontecendo é o seguinte: quando o citricultor se depara com uma doença como essa [greening], muitos esforços são colocados no manejo dessa doença, e isso é natural. No entanto, outras pragas e doenças acabam sendo esquecidas e colocadas em segundo plano. Por incrível que pareça, não é o greening que derruba mais frutos no parque citrícola, moscas-das-frutas, junto com o bicho-furão, estão derrubando 6,2% das frutas, esse é um número muito alto”, comenta Volpe.

Você pode acompanhar mais detalhes sobre essa conversa assistindo e ouvindo o Fundecitrus Podcast, que está disponível no canal do Fundecitrus no YouTube e nas principais plataformas de áudio.

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