Meliponário do Fundecitrus contribui para a preservação das abelhas
Colmeias abrigam quatro espécies nativas, uma delas ameaçada de extinção
O meliponário do Fundecitrus, instalado no gramado de sua sede, em Araraquara-SP, contribui para a preservação de abelhas nativas. Ele abriga quatro espécies, que não possuem ferrão ou têm ferrão atrofiado: Jataí, Iraí, Mirim-preguiça e Uruçu-amarela, que está ameaçada de extinção.
As colmeias ficam em caixas com formatos que recriam os ambientes e condições que essas espécies ocupam na natureza. As caixas verticais são para abelhas que vivem dentro do tronco das árvores, já as caixas horizontais são para abelhas que preferem os troncos caídos no chão. O local é cercado por lavanda, planta rica em néctar e que atrai as abelhas.
Implantado em junho de 2020, o meliponário faz parte de um projeto que avalia, por meio de experimentos de campo, a convivência entre citricultura e apicultura. No futuro, o objetivo é que ele possa ser visitado por grupos e escolas e contribua também para a educação e conscientização sobre a importância das abelhas para o meio ambiente e para produção agrícola.
Importância das abelhas
As abelhas têm um papel fundamental para a produção de alimentos: elas polinizam mais de 70% das espécies agrícolas cultivadas no mundo. Nos citros, 80% das visitas são feitas por abelhas, atraídas pelo perfume e abundância de néctar das flores. O mel de laranjeira tem alta aceitação devido ao seu tom claro e sabor suave.
A citricultura é uma das culturas mais importantes para o setor apícola de São Paulo: segundo dados do IBGE, mais de 80% do mel produzido no estado vêm de municípios que cultivam citros.
Manual de boas práticas
O Fundecitrus desenvolveu, em parceria com a Unesp-Jaboticabal, um manual de boas práticas entre citricultura e apicultura, que traz informações e dicas para a preservação das abelhas e incentivo à boa convivência entre os citricultores e os apicultores.
Para fazer o download gratuito, acesse