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Manejo externo aumenta eficiência no controle do greening

Agir do lado de fora das porteiras das fazendas de citros e dar atenção especial às bordas estão entre os dez mandamentos para se ter o controle satisfatório do greening. De acordo com o pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi, sem controle de todas as propriedades de uma região é difícil impedir que os insetos se disseminem de plantas infectadas, mesmo localizadas a longas distâncias, para árvores sadias. “Pomares infectados, mesmo distantes quilômetros, podem servir de fonte de psilídeo com a bactéria e não somente os pomares vizinhos de cerca”, afirma.

O consultor Humberto Vescove percebeu o impacto positivo da adoção dessa medida nas propriedades de citros em que atua. “Em uma fazenda com um bom controle de HLB tivemos 2% de incidência em três talhões que faziam divisa com um pomar velho da própria fazenda e que havia ficado sem controle de psilídeo por 40 dias e que não foi pulverizado antes de ser erradicado. O reflexo disso foi percebido tempos depois. Agora sempre é feita a pulverização antes da erradicação”, conta.

Ciente da importância de barrar o psilídeo que vem de fora, a Agropecuária Fachini, na qual Vescove presta consultoria, tem cercado partes de

uma propriedade de 650 hectares, em Cafelândia, com dez ruas de borda diferenciada, o equivalente a 70 metros de entrada de pomar, e feito aplicações semanais com organofosforados e neonicotinoides, produtos com residual maior, além de aplicação de sistêmico quatro vezes ao ano.

De acordo com Vescove, a diferença de contaminação entre borda e interior do talhão é gritante, e entre 70% a 80% da doença estão nos primeiros 50 metros da propriedade. “Acreditamos que com essa mudança haverá infestação bem abaixo do que ocorre hoje porque é um tratamento muito agressivo. O objetivo é proteger da pressão externa que é muito forte. O HLB está entrando pelas bordas, vindo dos vizinhos. Participamos do Alerta Fitossanitário do Fundecitrus e, enquanto nas armadilhas da propriedade acha-se um psilídeo, nas dos vizinhos chega a achar de sete a oito vezes mais”, afirma.

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