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Manejo conjunto de cancro cítrico e pinta preta proporciona maior eficiência operacional e ambiental

O parque citrícola paulista é uma das poucas regiões do mundo que enfrenta o cancro cítrico e a pinta preta simultaneamente e com potencial de causar danos econômicos significativos. Nas últimas quatro safras, a queda de frutos provocada pelas duas doenças foi em torno de 3% ao ano, o equivalente a mais de 40 milhões de caixas acumuladas no período.

Diante deste cenário, diversos estu­dos conseguiram otimizar o manejo dessas doenças, como a identificação do período crítico de controle e a redução da dose e do volume de calda dos pro­dutos utilizados no controle químico.

Agora, o foco está no manejo conjun­to. “A compatibilização das medidas de controle torna o combate ao cancro cí­trico e à pinta preta mais eficiente e sus­tentável, pois ao otimizar os recursos e prevenir aumentos nos custos de produ­ção, gera maior eficiência operacional”, afirma o pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau.

O pesquisador explica que o manejo conjunto não consiste apenas em sin­cronizar o controle realizado para cada doença, mas também aplicar a dose mais eficiente para maximizar os efeitos dos produtos, como o cobre, que tem ação para cancro cítrico e pinta preta.

Antes do início do manejo do can­cro cítrico, o cobre era aplicado após a queda de pétalas em doses mais altas, de aproximadamente 2 kg de cobre metálico/ha/aplicação e em intervalos de até 28 dias para o controle da pin­ta preta (que também é composto por aplicações de estrobilurina) e de outras doenças de menor importância, como melanose e verrugose.

Mas, com o estabelecimento do ma­nejo conjunto, pesquisas demostraram que as aplicações com doses mais bai­xas (30 - 40 mg/m3 de copa em pomares jovens ou até 0,7 - 1 kg de cobre metáli­co/ha/aplicação em pomar adulto para aplicações a cada 14 ou 21 dias, respecti­vamente) e a frequência de cobre usadas para o manejo do cancro cítrico, realiza­das durante a primavera e verão, são su­ficientes para também suprir o controle dessas doenças fúngicas. “Essa integra­ção do manejo de cancro e pinta e o uso de dose por metro cúbico de copa das plantas permitiu reduzir pela metade a dose do produto para o combate à pin­ta preta, sem interferir na qualidade do controle”, comenta o pesquisador do Fundecitrus Geraldo Silva Jr.

A conciliação do período de controle, do intervalo de aplicação e da combina­ção e quantidade de produtos já alcança resultados menos onerosos ao citricultor.

Saiba mais informações sobre o manejo conjunto de cancro cítrico e pinta preta: https://www.fundecitrus.com.br/comunicacao/revista_detalhes/revista-citricultor---edicao-56/75