Fundecitrus pede ao Ministério da Agricultura vigilância para o cancro cítrico e o HLB
Proposta de mudança na lei de controle tramita há anos no MAPA
O presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco, e o gerente geral, Antonio Juliano Ayres, se reuniram com representantes do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento (MAPA) e da Campanha Nacional de Erradicação do Cancro Cítrico (Canecc), em Brasília, na última quarta-feira (22) para pedir agilidade na promulgação da nova lei de controle de cancro cítrico, que se encontra em avaliação no Ministério.
A minuta das propostas que estão sendo discutidas para a mudança da lei do Estado de São Paulo, e que tem por base a proposta de lei federal, foi entregue ao Diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), do MAPA, Luís Rangel, ao Coordenador Geral de Proteção de Plantas do Departamento de Sanidade Vegetal, Marcus Coelho, e ao coordenador-geral da Canecc, Ricardo Raski.
Rangel disse que a questão fitossanitária da citricultura está sendo encarada como prioridade pelo DSV e pela ministra Kátia Abreu e garantiu que a lei do cancro cítrico será discutida na próxima reunião da Canecc, que será realizada em 11 de agosto, por meio da qual ele espera que seja dado andamento na promulgação da lei.
A situação do HLB (greening) também esteve na pauta da reunião. Rangel foi informado sobre a preocupação do setor citrícola com os pomares abandonados que estão com alta incidência da doença e que servem de criadouro para o psilídeo Diaphorina citri, inseto transmissor da bactéria. De acordo com o inventário realizado pelo Fundecitrus, cerca de 2% dos pomares do parque citrícola se encontram em situação de abandono.
O Fundecitrus defendeu a necessidade da expansão do Alerta Fitossanitário contra o inseto transmissor e das áreas de manejo regional, com a ação conjunta e coordenada de todos os citricultores. Além de medidas de auxílio como a liberação do inimigo natural, a vespinha Tamarixia radiata e eliminação de plantas de citros e murta que não recebem controle.