Fundecitrus participa do 14º Congresso Internacional de Citricultura, na Turquia
Pesquisadores do Fundecitrus participaram do 14º Congresso Internacional de Citricultura (ICC 2022) realizado em Mersin, na Turquia, de 6 a 11 de novembro.
O tema do evento foi “Reformulando a Citricultura: Melhores Conexões para o Futuro”, e reuniu participantes de instituições de pesquisas públicas e privadas, além do setor produtivo e comercial de citros, com o objetivo de aprofundar seus conhecimentos sobre a citricultura e definir novas políticas para o futuro. Representantes de 28 países participaram do congresso, entre eles Estados Unidos, África do Sul, Austrália, Israel e vários países da Europa.
Compareceram ao evento os pesquisadores do Fundecitrus Franklin Behlau, Geraldo Silva Jr e Silvio Lopes, e os pós-doutorandos Deived Carvalho, Isabela Primiano e Rafaele Moreira, que apresentaram palestras e exibiram painéis de pesquisas desenvolvidas pelo Fundecitrus e seus parceiros. Durante o congresso, eles puderam acompanhar diferentes atividades científicas e ainda participaram de visitas em campo nas regiões de Mersin e Adana.
De acordo com o pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau, além das palestras, a equipe teve a oportunidade de conhecer packing houses, pomares de citros e os principais desafios da citricultura local. “Depois de seis anos do ICC 2016 realizado no Brasil, conseguimos nos reunir com diversos profissionais de outros países. O congresso abordou os diversos aspectos da citricultura, e a parte fitossanitária estava em evidência. Destacou, também, as pesquisas relacionadas ao envolvimento da população microbiológica das raízes e parte aérea de plantas de citros com a ocorrência do greening e daquelas voltadas ao tratamento de plantas doentes. Essa interação com os pesquisadores de outros países foi fundamental para futuras parcerias”, ressalta Behlau.
Atualmente, a Turquia possui cerca de 160 mil hectares de citros, e uma produção estimada em 4 milhões de toneladas por ano. Do total produzido, 36% é de tangerina e híbridos, 31% de laranja, 27% de limão e 5% de pomelos. A produção é exportada, principalmente, para a Rússia e demais países da Comunidade dos Estados Unidos independente, Oriente Médio e União Europeia.
Para o pesquisador do Fundecitrus Geraldo Silva Jr, o evento foi fundamental para ampliar a rede de contatos com outros profissionais, bem como para conhecer as inovações nas diferentes áreas da citricultura. “As principais doenças que ameaçam a citricultura brasileira, como o greening, pinta preta, leprose, cancro cítrico e podridão floral, não afetam os pomares da Turquia. Porém, os citricultores têm tido problemas com o mal seco, doença causada por um fungo, principalmente em pomares de limão, que é quarentenária no Brasil”, explica Silva Jr.
O evento foi organizado por diferentes instituições e empresas da Turquia. O próximo Congresso está previsto para 2024, na Coreia do Sul.