Fundecitrus participa de Workshop Internacional de Epidemiologia
Na semana de 9 a 12 de abril, o Fundecitrus esteve presente no 13º Workshop Internacional de Epidemiologia, organizado pelo Comitê de Epidemiologia da Sociedade Internacional de Fitopatologia (ISPP) e da Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF), e realizado este ano em Foz do Iguaçu (PR).
O evento, que acontece aproximadamente a cada cinco anos e reúne os principais grupos de trabalho em epidemiologia de doenças de plantas, contou com a participação de mais de 100 epidemiologistas de 26 países. Entre eles, os pesquisadores do Fundecitrus Renato Bassanezi e Silvio Lopes, que abordaram a situação do greening no Brasil do ponto de vista epidemiológico.
Na terça-feira (9), o pesquisador Silvio Lopes apresentou trabalho sobre o potencial de plantas de citros em quintais como fonte de inóculo de Candidatus Liberibacter asiaticus para os pomares comerciais.
O Fundecitrus atua nesse sentido já há algum tempo. Desde 2018 são realizadas ações externas por parte da equipe de Transferência de Tecnologia, visando a substituição de plantas de citros e murta (dama-da-noite) em áreas urbanas, por serem atrativas ao psilídeo (inseto vetor do greening) e fonte da bactéria, assim diminuindo a dispersão do inseto infectivo para pomares comerciais e a contaminação de plantas sadias.
Na quarta-feira (10), o pesquisador Renato Bassanezi apresentou trabalho sobre determinação da faixa de borda economicamente viável para aplicação semanal de inseticidas e na sexta-feira (12) palestrou sobre estratégias de manejo do greening baseado em sua epidemiologia.
Os trabalhos apresentados pelo Fundecitrus são resultados do projeto temático 2017/21460-0 da FAPESP sobre o greening, coordenado por Bassanezi, que também forneceu os recursos para a participação dos pesquisadores no evento.
A participação no evento foi importante para o compartilhamento dos estudos e esforços do Fundecitrus no combate ao greening e estabelecimento de novas parcerias de pesquisa. Também serviu para compreender o que está sendo produzido de conhecimento na área de epidemiologia de doenças de plantas em escala mundial, como o uso da inteligência artificial e sensoriamento remoto para vigilância e monitoramento, modelagem e previsão de doenças de plantas, mudanças climáticas e seu impacto na epidemiologia, evolução do patógeno e manejo da resistência a fungicidas e estratégias de manejo baseadas na epidemiologia.