Fundecitrus participa da 2ª edição do Citros Show Nordeste, em Aracajú
Os pesquisadores do Fundecitrus Silvio Lopes e Wellington Ivo Eduardo participaram, na semana passada, da 2ª edição do Citros Show Nordeste, em Aracajú (SE).
O evento reuniu produtores, pesquisadores, estudantes e profissionais do setor, e teve como tema principal as estratégias de desenvolvimento da citricultura no Nordeste e os desafios e as tendências do setor no Brasil.
O pesquisador Silvio Lopes ministrou palestra sobre as duas principais doenças da citricultura, a clorose variegada dos citros (CVC) e o greening, destacando os resultados de pesquisas desenvolvidas pelo Fundecitrus. “Como nos pomares da Bahia e Sergipe o greening ainda não foi detectado, mas tem psilídeo. O objetivo da palestra foi mostrar aos participantes a importância das ações preventivas para evitar que a doença se instale nos pomares, além de reforçar que o greening é uma doença bem mais difícil de se controlar se comparado com a CVC”, explica.
Durante a solenidade de abertura, o evento homenageou empresas e pessoas que contribuíram para o desenvolvimento da citricultura. Lopes, em nome do Fundecitrus, recebeu uma homenagem da Associação de Engenheiros-Agrônomos de Sergipe (AEASE), que destacou as ações de pesquisa e controle das doenças dos citros conduzidas pela instituição que contribuem significativamente para o desenvolvimento da citricultura brasileira. “É uma honra receber esse título no Nordeste, e isso só demonstra a qualidade do nosso trabalho e envolvimento com os produtores de citros do cinturão citrícola. O nosso objetivo sempre foi contribuir para a redução dos problemas fitossanitários que afetam a citricultura de forma geral e levar soluções eficientes para facilitar o trabalho dos citricultores no campo”, afirma Lopes.
O pesquisador Wellington Ivo Eduardo apresentou palestra sobre o problema da resistência do psilídeo a inseticidas no estado de São Paulo e a importância da rotação correta de produtos na citricultura. “No estado de São Paulo, foram detectadas populações de psilídeos resistentes a vários inseticidas. No Nordeste, esse problema também pode ocorrer, tanto para o psilídeo como para outros insetos. Por isso, é fundamental a rotação dos inseticidas com diferentes modos de ação, reduzindo assim o risco de populações de insetos resistentes”, diz Eduardo.
Os pesquisadores também visitaram propriedades citrícolas localizadas no Norte da Bahia e Sul de Sergipe. “Tivemos a oportunidade de conhecer pomares novos já com alta produção, com poucas pragas e doenças. Ficamos impressionados com a grandiosidade dos deles e a sanidade desses plantios e, ao mesmo tempo, preocupados com a possível chegada do greening. Por isso, é fundamental que os citricultores estejam atentos e preparados. Além disso, é importante que os órgãos oficiais continuem com seu importante trabalho de monitoramento de plantas e psilídeo em toda a região”, finaliza Lopes.