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Fundecitrus lança vídeo sobre o cancro cítrico

Ação busca conscientizar produtor sobre medidas de prevenção; doença atinge 0,44% dos talhões do parque citrícola

O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) acaba de lançar um vídeo educativo sobre o cancro cítrico, uma das mais sérias doenças da citricultura. O objetivo é difundir a conscientização sobre o problema e reforçar as medidas de prevenção.
            
O vídeo mostra um exemplo da transmissão da doença de um pomar para outro por meio de equipamentos contaminados.  Dois produtores vizinhos compartilham a mesma equipe de colheita sem realizar a desinfestação do material e a inspeção no pomar recomendada.
            
A partir daí, a história se desenrola e apresenta quais as medidas que devem fazer parte do dia a dia do citricultor para prevenir a doença. O material também mostra os sintomas do cancro cítrico e o procedimento necessário caso o produtor suspeite de focos no pomar.
           
“Mais do que lidar com o cancro cítrico, é preciso saber que é possível evitar a doença com medidas simples adotadas na rotina dos tratos culturais dos pomares”, afirma o gerente do Departamento Técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massari.
       
O material será apresentado em todos os eventos, palestras e treinamentos do Fundecitrus. 

A doença
Segundo o último levantamento amostral do Fundecitrus, a incidência de cancro cítrico passou de 0,14% para 0,44% nos talhões do parque citrícola paulista em 2010. O índice é o segundo maior desde 1999, ano do primeiro levantamento, quando o índice era de 0,70%.
            
A área mais afetada é a Noroeste do Estado, com 2,55% de talhões contaminados. A região central registrou 0,41% de contaminação; a Norte, 0,23%; a Oeste, 0,22%, e a Sul, 0,07%. Em 2009, a região Norte não registrou casos de cancro cítrico.
            
Causado pela bactéria Xanthomonas citri pv. citri,o cancro cítrico está presente no Brasil desde 1957. Nenhuma variedade está imune à doença. Os sintomas podem aparecer em ramos, folhas e frutos. Nas folhas, o primeiro sinal é o aparecimento de pequenas manchas amarelas circulares. Com a evolução da doença, as manchas se tornam marrons, podendo atingir alguns centímetros de diâmetro.
            
Geralmente, o cancro cítrico induz lesões salientes nos dois lados das folhas, o que facilita sua diferenciação das demais doenças. Outro sintoma muito comum é o aparecimento de um anel amarelo ao redor das lesões da cor marrom.
            
Nos frutos, a doença se manifesta pelo aparecimento de pequenas manchas amarelas e circulares, que, aos poucos, crescem e se tornam marrons. As manchas são salientes e semelhantes a verrugas. Já nos ramos, é possível identificar lesões pardas em forma de crostas.
            
Se a bactéria estiver presente na propriedade, ela pode se espalhar facilmente por meio da chuva, do material de colheita, do trânsito de veículos e máquinas agrícolas e também pelo próprio colhedor. As lesões provocadas pelo minador do citros, praga comum nos pomares, facilitam a entrada da bactéria do cancro cítrico nas plantas.
            
Caso suspeite da contaminação por cancro cítrico, o produtor deve entrar em contato com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão vínculado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. A eliminação de plantas doentes deve seguir os termos da legislação vigente.
            
Medidas como a desinfestação do material de colheita, a pulverização de caminhões e veículos antes de entrar na propriedade e a queima de restos de colheitas, como folhas, galhos e frutos, são fundamentais para manter a propriedade livre do cancro cítrico. A utilização de bins, plataformas que evitam a entrada de caminhões pela propriedade, também é uma ação eficaz. 
         

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