Fundecitrus gera interesse de outros estados e países na Semana da Citricultura
O estande do Fundecitrus na 34ª Semana de Citricultura, do Centro de Citricultura Sylvio Moreira, em Cordeirópolis, atraiu citricultores, consultores e agrônomos de vários estados do Brasil e também de outros países, entre os dias 28 de maio e 1º de junho.
Neste ano, o Fundecitrus comemora 35 anos de trabalho em benefício do citricultor e ressaltou algumas ações de sucesso, como o trabalho de controle do cancro cítrico feito até 2009, a contribuição para a legislação de produção de mudas em viveiros telados, os avanços nas pesquisas que geraram os pacotes de manejo para diversas doenças e opções biológicas para algumas pragas da citricultora, o trabalho de conscientização e capacitação do citricultor que é revertido em redução de custos e controle de doenças.
Passaram pelo estande produtores dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul; agrônomos e consultores destes estados e também da Bahia e Mato Grosso do Sul, de funcionários do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), Emater/MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) e da Secretaria de Agricultura do Estado do Amazonas . Os agrônomos do Fundecitrus também atenderam delegações da Nicarágua e da Venezuela e produtores do Uruguai.
Cerca de cem pessoas passaram pelo treinamento para monitoração do psilídeo Diaphorina citri, transmissor do greening, oferecido pelo Fundecitrus em uma das salas do seu estande. Além de conhecerem o ciclo do inseto e a melhor forma de fazer a inspeção, os participantes puderam ver ao vivo como é o psilídeo em sua fase adulta, ninfa e ovo. Também fizeram testes para identificar o inseto nas armadilhas amarelas.
Palestras
Pesquisadores do Fundecitrus falaram sobre greening, cancro cítrico e podridão floral, no auditório do Centro de Citricultura, em palestras que lotaram o auditório do Centro de Citricultura.
O pesquisador Geraldo José da Silva Junior explicou como fica o manejo da podridão floral sem o uso do fungicida carbendazim, retirado da lista PIC (Produção Integrada de Citros), em janeiro deste ano. Após a palestra, o pesquisador foi bastante procurado no estande do Fundecitrus por citricultores.
O entomologista Marcelo Pedreira de Miranda fez duas apresentações. A primeira, na terça-feira, discorreu sobre a redução o volume de calda no controle do psilídeo. Já na sexta-feira, o pesquisador do Fundecitrus falou sobre os métodos de monitoramento do inseto.
O pesquisador José Belasque Junior desmistificou as várias teorias sobre o controle do cancro cítrico e salientou que a melhor solução para o estado de São Paulo, que tem 98% dos talhões sadios, é a erradicação das plantas doentes. Ele ainda ressaltou que os produtores devem se preocupar mais com as políticas públicas para o controle da doença.