Fundecitrus aprimora armadilha para bicho-furão
Dispositivo foi desenvolvido em parceria com uma empresa do setor e é resistente a chuvas, além de contar com informações detalhadas para o pragueiro
O Fundecitrus, com participação de um aluno do MasterCitrus e em parceria com uma empresa do setor, desenvolveu uma nova geração de armadilha para o bicho-furão. O novo exemplar é resistente à chuva e conta com orientações para auxiliar o profissional.
O pesquisador do Fundecitrus Haroldo Volpe explica que o novo produto é um avanço no combate ao bicho-furão. “A gente tinha uma ferramenta de alta tecnologia para controlar o inseto, mas essa armadilha se deteriorava com a chuva, você perdia o monitoramento porque essa armadilha se perdia no campo. O produto agora tem muita qualidade com essa tecnologia e garante uma boa efetividade”, explica o pesquisador.
Além de suportar a chuva, a nova armadilha também conta com diversas orientações em sua estrutura. A montagem da armadilha e da pastilha são explicadas de maneira didática e com ilustrações. “Era comum acontecer uma montagem que não era a mais adequada, e com essas explicações, agora o pragueiro pode montar o produto para que ele atinja seu máximo de eficácia. Por vezes faltava conhecimento para o usuário final, pois ele não tinha acesso a essas informações”, ressalta Volpe.
Mais tecnologia, mais efetividade
O pesquisador ressalta que a tecnologia que sempre esteve presente na armadilha continua na segunda geração. “É certamente um produto que é cheio de tecnologia, fruto de muito estudo. No início dos aos 2000, uma parceria entre Fundecitrus, Esalq, Universidade Federal de Viçosa e a UC Davis, da Califórnia, foi desenvolvido um feromônio que atrai o macho, que foi sintetizado em forma de liberador. Posteriormente, uma empresa japonesa desenvolveu esse produto em escala comercial e. posteriormente, esse produto foi registrado no Brasil pela Coopercitrus”, relembra o pesquisador.
A armadilha do bicho-furão é registrada pela Coopercitrus.
Bicho-furão
A mariposa Gymnandrosoma aurantianum, conhecida como bicho-furão, afeta diretamente os frutos, provocando seu apodrecimento e queda e deixando-os inviáveis tanto para o consumo in natura quanto para a indústria de suco.
As maiores perdas ocorrem em regiões mais quentes, próximas a matas, locais de manejo inadequado e em áreas onde há atraso ou deficiências na colheita.
A praga foi relatada na Argentina, Costa Rica, Trinidad Tobago e no Brasil, onde é conhecida desde 1915. A partir da década de 90, tornou-se uma das principais pragas da citricultura. Na época, as perdas atingiram de uma a duas caixas por plantas.
Confira mais detalhes sobre o bicho-furão no site do Fundecitrus.