Erradicar plantas doentes é fundamental no controle do greening
Já se sabe que uma das estratégias para o combate ao greening é controlar a população de psilídeo. No entanto, com o aumento registrado em 2023 e com a falta de eliminação de plantas doentes, controlar o inseto ganha ainda mais protagonismo no combate à doença.
O pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi explica que não pode haver falhas no controle da população. “Se o pomar tem uma alta incidência de greening, existe uma total dependência dos inseticidas. Se de alguma maneira eu tenho alguma falha nesse processo de aplicar o inseticida em termos de qualidade, pulverização, intervalos mais longos que o necessário, se choveu e eu não apliquei, se eu uma dose que não tem um controle adequado, junto com a resistência, isso é fatal, e a gente acaba vendo um aumento da população de psilídeo”, afirma Renato.
Renato também reforça que a presença de plantas doentes no pomar exige um controle perfeito do psilídeo, “Ter muitas plantas contaminadas faz com que toda a carga de controle do psilídeo fique em cima dos inseticidas, por isso é importante que esse processo seja feito com efetividade, com a rotação adequada dos produtos, se a gente deixar a população de insetos alta, estaremos matando todas as outras estratégias para o controle da doença”, explica o pesquisador.
Por fim, Renato fala sobre outro fator que coloca ainda mais carga na importância de controle do psilídeo: a alta população do inseto em 2023. “Esse ano tivemos um aumento na população de greening no cinturão citrícola, se o controle não for feito de maneira adequada esse ano, em 2024 teremos uma população ainda maior, é preciso fazer o controle dentro da propriedade e conversar com os vizinhos”, exclama Renato.