Meu fundecitrus

Comunicação

Disseminação do conhecimento como principal arma contra o greening

Entrevista com o ex-presidente do Fundecitrus Osmar Bergamaschi

Depois de anos presente na citricultura de países da Ásia e África, o greening (huanglongbing/ HLB) chegou ao continente americano nos anos 2000: os primeiros casos foram registrados no Brasil em 2004, no estado de São Paulo. No ano seguinte, a doença foi identificada na Flórida, Estados Unidos. No final da década de 1990, o Fundecitrus já havia se antecipado e iniciado trabalhos para melhor compreensão do greening e atualização dos citricultores, mas a identificação da doença em solo brasileiro representava uma ameaça real à maior citricultura do mundo e exigiu ações rápidas e precisas por parte da instituição, que optou pela informação para o enfrentamento racional e consistente.

De um lado, o Fundecitrus estreitou laços com instituições e cientistas; de outro, levou esse conhecimento aos citricultores, que puderam adotar as medidas mais eficientes para evitar, combater e conter o greening. A chegada de Osmar Bergamaschi ao Fundecitrus coincidiu com o período inicial da doença. Graduado em Administração e com mais de 20 anos de experiência como diretor de multinacional de agricultura e biotecnologia, Bergamaschi foi presidente do Fundecitrus de 2005 a 2008. Ele recebeu a revista Citricultor para falar sobre as primeiras ações adotadas pela instituição diante do greening, que ainda é considerado o maior desafio fitossanitário do setor.

VOCÊ CHEGOU AO FUNDECITRUS EM 2005, UM ANO APÓS A IDENTIFICAÇÃO DO GREENING NO BRASIL E QUANDO A DOENÇA ESTAVA SENDO IDENTIFICADA NA FLÓRIDA. COMO FOI ESSE MOMENTO?

Na verdade, a comprovação científica ocorreu dias antes da minha chegada ao Fundecitrus. O greening era a grande ameaça que pairava no setor, e todo mundo esperava que pudesse não acontecer, mas aconteceu. Chegando ao Fundecitrus e me deparando com a comprovação científica da bactéria, a primeira coisa foi, juntamente com os técnicos, decidir o que faríamos e como faríamos. Então, intensificamos a troca de experiências e contatos com especialistas, particularmente de áreas de convivência com greening, como pesquisadores da África do Sul e técnicos da China, seguido obviamente de uma movimentação muito grande de reuniões, simpósios e troca de experiências com cientistas e pesquisadores locais, das universidades, do Centro de Citricultura, da Secretaria Estadual de Agricultura [SAA], do Mapa [Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento], juntamente com o time técnico do Fundecitrus.

Leia a entrevista completa na última edição da revista Citricultor. 

Assista ao vídeo com depoimento do Osmar Bergamaschi.