Controle do psilídeo: Pesquisa identifica o volume de calda ideal para cada frequência de aplicação
Recomendações permitem pulverizações mais assertivas, com ganhos econômicos e ambientais
O controle químico do psilídeo, inseto vetor do greening, é uma ação fundamental para o manejo da doença. Buscando aumentar a eficiência das aplicações, uma pesquisa do Fundecitrus avaliou os volumes de calda de 25, 40 e 70 mL de calda/m³ de copa em frequências de aplicação semanais, quinzenais e mensais.
“Os resultados indicam o volume de calda ideal para as diferentes frequências e permitem pulverizações mais assertivas, com ganhos econômicos e ambientais”, avalia o pesquisador do Fundecitrus Marcelo Miranda, responsável pelo trabalho.
Em áreas com frequência de pulverização de sete dias, a recomendação é utilizar volume de calda de 25 mL/ m³ de copa. Para pulverizações quinzenais e mensais, recomenda-se 40 mL/m³ de copa, pois esse volume de calda apresenta período de controle semelhante ao de 70 mL/m³ de copa.
“Não há ganho significativo no controle do psilídeo com o volume de 70 mL/m³ de copa”, diz Miranda.
A pesquisa testou ainda volume de calda de 25 mL/ m³ de copa com correção de dose para 40 mL/m³ de copa e não houve ganho efetivo na eficiência do controle. Assim, para este volume não há necessidade de correção de dose.
Sustentabilidade
Embora o cinturão citrícola de São Paulo adote alta frequência de pulverizações para o controle do psilídeo, a quantidade de inseticida utilizada por área por aplicação é significativamente menor do que a usada em países da América Latina e também na Flórida (EUA). Isso ocorre porque nesses locais as doses (ml inseticida/L de água) dos produtos são maiores (2-8 vezes) e o volume utilizado é até duas vezes superior. Assim, em São Paulo, uma propriedade que realiza aplicações quinzenais chega a utilizar 65% menos ingrediente ativo por hectare por ano quando comparada a propriedades destes países que realizam uma aplicação mensal.