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Chuvas trazem condições favoráveis para o cancro cítrico e manejo adequado é fundamental para evitar novas infecções

Embora o levantamento 2021 feito pelo Fundecitrus aponte queda do cancro cítrico – a doença está presente em 15,61% dos talhões de laranja e em 10,76% das árvores, menos 36% e 38%, respectivamente, em relação a 2020 –, a diminuição já era esperada devido à forte estiagem vivida pelo cinturão citrícola desde 2020. Com o retorno das chuvas, os citricultores devem estar atentos ao manejo, para proteger os pomares adequadamente e evitar novas infecções. Confira, a seguir, algumas informações importantes para o controle assertivo e eficiente:

 

Quando proteger?

 

- Pomares em produção

A proteção dos frutos com cobre deve ocorrer por até 120 dias após a queda de pétalas ou até os frutos de laranja apresentarem 50 milímetros de diâmetro, ou seja, durante toda a primavera e início do verão. Após esta fase, os frutos estão resistentes e o número de aplicações pode ser reduzido com o objetivo apenas de proteger as brotações. Em pomares com múltiplas floradas, a proteção de frutos deve seguir durante todo o verão até o final do período chuvoso, em março ou abril.

- Pomares em formação

Em pomares jovens que ainda não estão em produção, as aplicações também devem ser realizadas durante a primavera e verão em intervalos de 14 a 21 dias ou sempre que houver brotações.

 

Como proteger?

O volume de calda pode ser definido com base no volume de copas das plantas. Neste caso, recomenda-se a aplicação de 40 a 70 mL/m³ de copa em velocidade de trabalho de 4,5 a 5,5 km/h. A utilização de volumes maiores não aumenta a eficiência do controle, mas volumes menores podem impactar negativamente no controle.

 

Em pomares jovens são usados 30 a 40 mg de cobre metálico/m³ de copa, em intervalos de 14 ou 21 dias, respectivamente. Em pomares adultos as doses não precisam ultrapassar 0,7 ou 1 kg de cobre metálico/ha para esses intervalos.

 

O cálculo de doses, volumes de copa de plantas e de calda de pulverização de cobre podem ser feitos com auxílio do Sistema de Pulverização do Fundecitrus (SPIF).

- Quais os produtos mais eficientes?

Bactericidas à base de cobre fixo como hidróxido de cobre, óxido cuproso e oxicloreto de cobre são os mais eficientes para o controle de cancro cítrico. No entanto, é comum no setor a avaliação ou utilização de produtos alternativos nos pomares visando a redução ou substituição do cobre fixo nas aplicações.

O pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau destaca que esse é um anseio compartilhado por todos, mas que exige avaliações criteriosas.

“A baixa favorabilidade ao cancro cítrico no último ano pode levar a conclusões equivocadas sobre o desempenho desses produtos e comprometer o manejo se não forem validados em anos com maior favorabilidade à doença”, pontua.

 

Saiba mais acessando o Manual de cancro cítrico: medidas essenciais de controle.