Chuvas provocam crescimento de 2,63% na safra de laranja 2017/18
A reestimativa da safra de laranja 2017/18 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, divulgada nesta segunda-feira (11) pelo Fundo de Defesa da Citricultura – Fundecitrus, aponta uma produção de 374,06 milhões de caixas, de 40,8 kg cada. Esse valor corresponde a um aumento de 2,63% em relação à estimativa inicial, publicada em maio, de 364,47 milhões de caixas. Da safra total, cerca de 28,67 milhões de caixas deverão ser produzidas no Triângulo Mineiro.
O crescimento da safra foi provocado pelas chuvas acima da média nos meses de abril, maio e junho deste ano, que causaram aumento do peso das laranjas em relação à expectativa inicial e, por consequência, redução do número de frutos necessários para compor uma caixa de 40,8 kg. Os dados fornecidos pela Somar Meteorologia mostraram que a precipitação acumulada nesse período foi de 429 milímetros em média no cinturão citrícola, 173% superior à média histórica (1961 a 1990).
O tamanho das laranjas das variedades Hamlin, Westin e Rubi foi revisado para 277 frutos/caixa, quando na estimativa de maio/2017 projetavam-se 310 frutos/caixa. As outras variedades precoces foram reestimadas em 251 frutos/caixa, contra 257 frutos/caixa que haviam sido previstos inicialmente. O tamanho médio reestimado dos frutos, considerando todas as variedades, é de 259 frutos/caixa, enquanto o número projetado em maio era de 265 frutos/caixa.
A taxa média de queda de frutos, considerando todas as variedades, foi reestimada para 18,25%, enquanto o número projetado em maio era de 18,50%. De acordo com o coordenador do trabalho Vinícius Trombin, o número elevado de frutos encontrados no chão nesta safra pode levar a falsa impressão de que a taxa de queda está acima da normalidade. “Não há nenhuma evidência nesse sentido. É preciso considerar que a taxa é uma fração do número de frutos existentes na árvore em abril, isto é, no início da safra, e as árvores, por sua vez, estão muito mais carregadas nesta safra do que na passada”, afirma Trombin.
Em relação à colheita dos frutos, cerca de 75% da safra das variedades Hamlin, Westin e Rubi já estava colhida em meados de julho. Em agosto, a colheita dessas variedades chegou a 93% e das outras variedades precoces atingiu 73%. Para a variedade de meia estação, Pera Rio, estima-se que apenas 27% da produção já tenha sido colhida. No caso das variedades tardias, estima-se que somente 8% da produção de Valência e Valência Folha Murcha já foi colhida, e 5% da Natal.
A reestimativa do Fundecitrus tem como base o monitoramento de 900 talhões do cinturão citrícola feito a partir da divulgação da estimativa inicial de maio. O trabalho de estimativa de safra é realizado pelo Fundecitrus em cooperação com Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp.
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