Austrália tem 28 mil hectares de citros
A citricultura da Austrália tem 28 mil hectares, o que corresponde a apenas 6% do parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais. Para ter uma ideia da diferença de tamanho, na principal região citrícola do Brasil caberiam 18 áreas de citros australianas.
Segundo o pesquisador australiano Andrew Beattie, as diferenças entre as duas citriculturas vão além do tamanho. Elas também diferem na presença de pragas e doenças, no perfil dos produtores e propriedades, nas dificuldades climáticas, nos custos e nas tecnologias utilizadas. Enquanto o HLB (greening) é o maior desafio da citricultura paulista, na Austrália nem a doença, nem o psilídeo estão presentes. “A bactéria causadora da doença já deve estar na Austrália, principalmente, devido ao alto fluxo de turistas, e o psilídeo pode ser trazido por ciclones e tempestades. Quando isso acontecer, os produtores precisam estar preparados e com o manejo da doença estruturado”, diz o pesquisador.
O alerta é válido especialmente por conta do tamanho das propriedades australianas, que têm em média 15 hectares. “Devido à predominância de pequenas áreas produtoras, a doença se espalharia facilmente e as produções seriam dizimadas”, afirma Beattie. De forma geral, a citricultura australiana não é afetada por um grande número de doenças e pragas. A cochonilha vermelha (Aonidiella aurantti) é o principal problema devido à alta incidência.
As principais regiões de cultivo de citros estão no Sul. A laranja corresponde a 60% da produção, seguida pelas tangerinas (20%), graperfruits (10%), limão (7%) e outros citros (3%). Entre os principais obstáculos enfrentados pela citricultura australiana estão o alto custo da mão de obra, o clima seco e a dificuldade de acesso à água.
Confira matéria completa na edição 35 da revista Citricultor: http://www.fundecitrus.com.br/comunicacao/revista/conhecendo-de-perto-o-manejo-do-cancro-citrico---35/38#page/15