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Alerta para o período crítico de pinta preta: momento exige manejo adequado com produtos eficientes

A pinta preta dos citros, doença importante da citricultura brasileira, provoca queda prematura de frutos, com prejuízo de 10 milhões de caixas por ano e, por isso, requer um controle maior entres os meses de novembro e fevereiro. Neste momento, os frutos ficam mais suscetíveis às infecções pelo fungo, já que se trata de período com chuvas intensas e frequentes, especialmente no final de ano no estado de São Paulo. Por esse motivo, é importante redobrar a atenção.

Embora as infecções ocorram no período chuvoso, os sintomas da doença são expressos a partir de fevereiro, de 40 a 360 dias após a infecção. “Por esse motivo, devemos proteger os frutos bem antes de ver os sintomas. Os frutos que medem entre 1,5 cm e 3 cm de diâmetro geralmente são os mais vulneráveis, e como estão com esses tamanhos nos momentos chuvosos, o controle deve ser feito nessas fases com estrobilurina, associada a óleo. Esse grupo de fungicida é bastante eficiente e tem resultado em até 95% de controle, mais eficaz do que o cobre, que apresenta no máximo 70% de eficiência”, explica o pesquisador do Fundecitrus Geraldo Silva Junior.

ESTUDOS

Estudos realizados pelo Fundecitrus comprovaram que é possível otimizar o manejo da doença com a redução da dose e do volume de calda dos produtos utilizados no controle químico, a identificação do período crítico de controle e a proteção dos frutos. O pesquisador explica que nessa época chuvosa, com frutos jovens, o citricultor precisa se atentar à definição de estratégias de controle. “A recomendação é que a estrobilurina seja utilizada durante o período de chuvas mais intensas. Ela é eficaz para o controle da pinta preta e não para o cancro cítrico. Nos pomares com cancro, é importante fazer o manejo conjunto com cobre, pois o período é crítico para cancro cítrico até os frutos atingirem 5 cm. Além disso, é importante que o produtor fique atento ao intervalo das aplicações, ajuste as doses de estrobilurina para 2,8 mg de ativo/m3 de copa e calibração dos pulverizadores com volume acima de 75 mL de calda/m3 de copa”, alerta.

Saiba mais sobre a doença e recomendações de manejo no Manual de pinta preta:

https://www.fundecitrus.com.br/comunicacao/manual_detalhes/pinta-preta/83