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Adoção do pacote de manejo reduz índice de HLB em 73% nas fazendas do grupo Junqueira Rodas

"Não há fórmula mágica para reduzir os índices do HLB (greening). O segredo para conseguir manter a doença em baixa no pomar é seguir rigidamente o pacote de medidas de controle." Essa é a constatação do diretor do grupo Junqueira Rodas, Marcelo Carminati de Almeida, que depois de investir nos dez mandamentos do HLB (atenção às bordas, nutrição das plantas, eliminação das árvores doentes, plantio de mudas sadias, inspeção, planejamento e renovação do pomar, inspeção, monitoramento e controle do psilídeo e participação no manejo regional), observou a incidência cair gradativamente de 1,86%, em 2013, para 0,46%, em média, em 2015 em todas as fazendas do grupo. Uma queda de 73%.

De acordo com Almeida, a percepção de que era necessário adotar o pacote de manejo veio depois de diferentes tentativas de controle. "Com base em nossa experiência compreendemos que, se não for aplicado um conjunto de medidas, dificilmente o manejo do HLB dará certo, pois quando se investe mais em uma ação do que em outra, alguma porta fica aberta", diz.

Um dos destaques é o monitoramento rigoroso do psilídeo. Seguindo o lema "não podemos baixar a guarda", a equipe faz avaliação semanal das armadilhas amarelas, instaladas a cada 50 metros, no perímetro das fazendas. Também participam ativamente do Alerta Fitossanitário do Fundecitrus, enviando informações sobre a população do inseto e baseando-se nos dados do sistema para traçar planos de ação nos pontos críticos ao redor das fazendas.
Segundo o engenheiro agrônomo Rodrigo Rodas Lemo, que atua na fazenda Campo Alegre, em Monte Azul Paulista, as aplicações de defensivos são feitas com base em um planejamento que leva em consideração cada época do ano e as informações do Alerta. "Se encontramos um psilídeo na armadilha, já entramos em ação com as aplicações. Também seguimos os alertas enviados pelo Fundecitrus para fazer o controle conjunto na região", afirma.

Entre outras práticas adotadas estão a inspeção - seguida da erradicação das plantas doentes - realizada quatro vezes ao ano por inspetores que são reinados anualmente.
Os novos plantios são realizados com mudas produzidas em viveiro próprio. As bordas têm atenção especial com pulverizações mais intensas e replantio dobrado para substituir as árvores erradicadas. "Cada uma dessas medidas é essencial para chegar ao controle adequado do greening. É com o conjunto que conseguimos reduzir a incidência da doença", afirma Lemo.

O pacote é adotado com o mesmo padrão nas sete fazendas do grupo, que somam quatro mil hectares, localizadas em diferentes regiões do estado de São Paulo. "Mesmo nas propriedades que estão situadas em locais com menor incidência, mantemos o rigor no manejo. Dessa maneira,chegamos à taxa inferior a 0,5% de árvores com HLB em todas as fazendas", diz Almeida.

O índice deu segurança para investimentos futuros em expansão da área de cultivo. "Quando estávamos no olho do furacão com o avanço do greening não desanimamos. Confiamos que conseguiríamos dar a volta por cima e deu certo. A laranja é o nosso negócio, acreditamos na cultura e é o que sabemos fazer. Nossos planos são crescer cada vez mais", afirma Almeida.

Confira essa e outras matérias na edição 34 da revista Citricultor: http://bit.ly/22FNDsd