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Adoção de boas práticas marca parceria de mais de 20 anos entre citricultor e apicultor

Uma parceria que ocorre há mais de 20 anos na fazenda de laranjas São Judas Tadeu em Boa Esperança do Sul (SP), mostra que citricultura e apicultura podem conviver em harmonia e ter uma união lucrativa.

Os segredos para o sucesso da parceria, apontados pelo citricultor e pelo apicultor, são o diálogo e a adoção de boas práticas dos dois lados. “É necessário conversar, combinar tudo certinho. Isso faz a nossa parceria ser 100%”, diz José Maria Gasolla, gerente agrícola da fazenda.

Na propriedade são usados inseticidas seletivos às abelhas, ou seja, que não trazem risco à espécie. “Quando estão pulverizando e eu venho aqui e vejo um monte de abelha trabalhando no pomar, me dá mais ânimo, pois isso é um sinal muito positivo”, afirma o apicultor Alberto Silva.

O apicultor também toma precauções pensando, principalmente, em diminuir o risco de acidentes. Escolhe o horário de menor movimento de funcionários no pomar para trabalhar com as abelhas e quando está com uma grande quantidade do inseto usa a portaria que não passa pela sede para evitar a presença de animais e crianças.

Uma terceira face essencial dessa parceria é o administrador da propriedade, Donizete Aparecido de Oliveira, que está em contato frequente com o apicultor e sabe a localização de todos os caixotes com abelha. “Ele também auxilia com a coleta das caixas e o transporte até o apiário”, afirma Gasolla.

A localização do apiário, a cerca de 150 metros do pomar e a 200 metros de uma lagoa, foi escolhida estrategicamente para cooperar com as duas culturas. “Sabemos que o barulho do trator, por exemplo, irrita as abelhas e dificulta a produção do mel, por isso tomamos o cuidado de não passar com ele próximo ao apiário”, diz o administrador da fazenda.

De acordo com Gasolla não é possível quantificar os benefícios da parceria para a citricultura, mas é nítido de que as atividades das abelhas no pomar proporcionam incremento de produtividade, do tamanho do fruto e rendimento do suco devido ao aumento da polinização. “Se a fazenda e o citricultor estiverem em harmonia, não há nenhum tipo de problema e todo mundo sai feliz”, afirma.

Confira a reportagem completa na edição 39 da revista Citricultor clicando aqui.

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