35 anos do Fundecitrus são homenageados pela ESALQ
O Fundecitrus foi homenageado pela Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (ESALQ) e pela Associação dos Ex-alunos da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (ADEALQ), neste sábado, 13 de outubro, pelos 35 anos de trabalho em benefício da citricultura.
O presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco, recebeu a placa comemorativa na homenagem, que ocorreu durante a sessão solene de encerramento da 55ª Semana Luiz de Queiroz, que contou com a presença do vice-reitor da USP, Hélio Nogueira da Cruz, e da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi.
Quando foi criado, por uma iniciativa das indústrias de suco e dos citricultores, em 1977, o momento da citricultura era bem diferente. A cultura ainda nos primeiros passos, enfrentava um problema muito sério, que colocava em risco todo investimento feito até então. Em uma iniciativa elogiada mundialmente, o setor se posicionou e não se acomodou diante das dificuldades, e propôs a captação de recursos para a luta contra o cancro cítrico.
Hoje, o cancro cítrico ameaça novamente a citricultura, mas o Fundecitrus, ao longo da sua trajetória, cresceu em atuação e motivação e, antecipando as mudanças vividas pelo agronegócio mundial, não atua da mesma forma que em 1977, data da sua criação. Atualmente, nosso foco é a sobrevivência em longo prazo da citricultura paulista e a manutenção desse negócio, que é líder mundial.
De inspetor no campo, o Fundecitrus passou a centro referência de pesquisa e tecnologia no campo, com reconhecimento mundial e resultados fundamentais para o sucesso deste setor. Em 1994, quando, seguindo uma importante visão estratégica de futuro, nós passamos a investir na pesquisa, encontramos na ESALQ uma de suas maiores parcerias.
Entre os resultados desta parceria que hoje estão no campo, ajudando o produtor na sua prática, pode-se citar o feromônio do bicho furão. A criação de uma armadilha que faz o monitoramento da população da praga no pomar e que ajuda na tomada da decisão sobre o momento de pulverizar vem ao encontro dos desejos da sociedade mundial por uma produção mais sustentável e dos anseios do citricultor de gerir seu agronegócio com ecoeficiência.
Seguindo esta vertente, outro projeto realizado pelo Fundecitrus em parceria com a ESALQ, realiza a criação da tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo Diaphorina citri, insetor vetor do greening, a pior doença da citricultura atual e maior preocupação dos citricultores desde 2004, quando foi identificada no Estado de São Paulo. Atualmente, há 12 projetos de pesquisa conjuntos, com o envolvimento de 20 alunos da ESALQ.