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Laboratório de criação de Tamarixia radiata completa um ano

A vespinha é uma ferramenta de combate ao HLB (greening) em locais onde não é feito o controle químico do psilídeo, como pomares abandonados ou áreas com murta ou citros nas zonas rural ou urbana, que servem de criadouros do inseto. Do que é produzido no laboratório, 80% é liberado e o restante dá continuidade à criação.

As liberações são feitas durante todo o ano em áreas identificadas pelo Alerta Fitossanitário, sistema do Fundecitrus que monitora a população de psilídeo. As solturas de Tamarixia radiata são feitas uma vez por semana em cada uma das sete regiões monitoradas pelo sistema. De março de 2015 a abril de 2016, foram liberadas na região de Araraquara 83 mil, em Avaré 36 mil, Bebedouro 63 mil, Casa Branca 78 mil, Frutal 11 mil, Lins 49 mil e Santa Cruz do Rio Pardo 45 mil.
Nesse ano de laboratório, foram feitas adaptações na criação que proporcionaram aumento de produção. "Com base em testes, percebemos que era necessário mudar a forma de coletar a Tamarixia radiata. Aumentamos a proporção de parasitismo que era de uma vespa para 10 psilídeos e agora é uma para 25. Adotamos a criação de psilídeo em casa de vegetação em paralelo com a produção em sala específica", relata a bióloga Ana Carolina Pires Veiga, responsável pelo laboratório.

A Tamarixia radiata deposita seus ovos embaixo de ninfas de psilídeo que servem de alimento para as larvas quando elas nascem. Cada vespinha pode eliminar até 500 psilídeos.

A Tamarixia radiata não causa desequilíbrio ambiental, pois a única maneira de se reproduzir é usando o psilídeo. "É uma ferramenta que pode ser usada para o manejo sustentável do HLB e colabora com a preservação do meio ambiente, já que o controle biológico ajuda na queda da população de psilídeo próximo aos pomares comerciais, colaborando com a redução da necessidade do uso de defensivos nas propriedades", afirma Ana Carolina.

Clique aqui para ver o vídeo sobre a criação da Tamarixia radiata